O Papa Francisco foi recebido na última quarta-feira (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, sedo do governo dos EUA em Washington D. C., em uma cerimônia que marca a abertura da agenda do pontífice em sua primeira visita ao país. Em seus discursos, os dois líderes mundiais falaram sobre a reaproximação entre os EUA e Cuba, sobre a mudança climática no mundo e, sobre o assunto que é foco das discussões e indagações dos jornais de maior prestigio no mundo, a crise migratória, os refugiados e a forma como os EUA e a Europa recepcionaram a chegada dos mesmos.
Em sua fala inicial, Obama agradeceu pela imensurável participação do Papa nas relações entre Cuba e Estados Unidos."Estamos agradecidos por seu inestimável apoio a nosso novo começo com o povo cubano, que promete melhores relações entre nossos países", afirmou Obama. Francisco chegou aos EUA após uma visita de três dias em Cuba. Ambos os governos (EUA e Cuba) reconheceram a crucial participação que o líder religioso está exercendo nas conversas entre os países, que derivam em acordos de relações bilaterais e ainda futuros laços diplomáticos.
Eles falaram sobre a necessidade de se discutir problemas envolvendo o clima atual com outros líderes, também sobre a preocupação dos dois com relação ao aquecimento global e sobre a ajuda que devem prestar aos países que se encontram com maior vulnerabilidade quanto à estas mudanças climáticas, querendo tirar mais este peso para às gerações futuras.
"O senhor nos lembra que 'a mensagem mais poderosa do Senhor' é a misericórdia. Isso significa dar as boas-vindas ao estrangeiro com empatia e o coração verdadeiramente aberto", disse Obama em referência aos refugiados e aos imigrantes. Citação que marcou o início da conversa com relação à misericórdia para com os refugiados. Francisco destaca ao começar seu discurso que ele vem de uma família de imigrantes. O Papa clamou por um “reconhecimento sério e responsável” dos pobres que vivem em um sistema que os negligencia, e que os Estados Unidos construam uma sociedade “verdadeiramente tolerante e inclusiva”, rejeitando a discriminação.
Após tratarem esta parte ao público, optaram, em seguida, por uma conversa mais reservada, que foi realizada no Salão Oval. Eles têm pensamentos coincidentes com relação ao clima, aos imigrantes e a defesa dos pobres, porém, têm posições contrárias acerca do aborto e do casamento homossexual.
Mais de 15 mil pessoas foram para a cerimônia de boas-vindas do papa. O problema real foi a lista de convidados que preocupou o Vaticano, que incluía um bispo que se declarou homossexual, representantes de grupos católicos da comunidade LGBT e uma monja que dirige uma organização pró-aborto. Esta foi a 3ª visita de um papa à Casa Branca.
Ao término da visita à Casa Branca, o papa percorreu, com o Papamóvel, a capital dos EUA e, após isso, visitou várias basílicas e igrejas, encerrando seu dia em uma das mais importantes igrejas católicas romanas nos Estados Unidos, a Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição.
Fonte: G1
Matéria escrita por Italo Medeiros e revisada por Ana Maria.